O que é o Renascimento?

5 A revolução de Gutenberg

As ideias humanistas do Renascimento circulam cada vez mais depressa graças a uma grande invenção: a gráfica.

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O gigante Gargântua, pai de Pantagruel, é uma das personagens principais na obra de Rabelais (1494-1553).

Manuscritos VS livros impressos

Até ao século XV, eram precisas inúmeras horas para se produzir um só livro, pois cada exemplar era copiado à mão, frequentemente pelos monges. Os manuscritos (nome dado aos livros escritos à mão) eram raros e quase não saiam dos mosteiros. Assim, quando Gutenberg aperfeiçoa a sua gráfica, em 1450, dá-se uma verdadeira revolução. Graças à gráfica, os livros podem ser produzidos em grandes quantidades e a um preço acessível, permitindo o acesso a muitas pessoas.

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O sucesso das línguas populares

Paralelamente à invenção da gráfica, os sábios que só se interessavam pelo grego e o latim, começam a interessar-se pelas línguas ditas populares, faladas pelas pessoas comuns. Por exemplo, o escritor Maquiavel redige a sua obra O Príncipe, em italiano, o monge Lutero traduz a Bíblia para o alemão e o dramaturgo Shakespeare escreve as suas peças de teatro em inglês. Em França, sete poetas reunidos sob o nome “Plêiade” têm como objetivo defender a língua francesa.

A literatura faz o seu Renascimento

Entre os escritores franceses do século XVI, destacam-se:

  • Pierre de Ronsard, considerado o “Príncipe dos poetas”, autor de uma grande epopeia sobre a história do reino francês intitulada “La Franciade”;
  • Joachim du Bellay, outro poeta, autor de poemas amorosos;
  • Michel de Montaigne, que dedica a sua vida à escrita dos seus “Essais”, obra na qual é descrito o homem em geral;
  • François Rabelais, grande humanista cuja obra (Pantagruel e Gargântua) denuncia os excessos demasiado severos na educação ou a ignorância dos monges