O que é o Renascimento?
2 A redescoberta da Antiguidade
Após um período de cerca de mil anos chamada Idade Média, os pensadores redescobrem os textos da Antiguidade e desenvolvem uma nova corrente de pensamento, o Humanismo.
Este fresco pintado por Raphael representa os maiores pensadores da Antiguidade (Platão, Sócrates, Pitágoras e Ptolomeu…)
Idade Média, predomínio da fé cristã
No século V da nossa era, o Império Romano está enfraquecido e ameaçado por todo o lado, pelos povos vindos do Norte e a Este. Em 476 com o declínio do Império Romano, estes povos denominados de “Bárbaros” instalam-se nas diferentes províncias. É o fim da Antiguidade e o início da Idade Média. Pouco a pouco, as cidades romanas são abandonadas. A religião cristã ocupa um lugar cada vez mais importante na vida das populações e a igreja assume-se como guardiã do conhecimento.
Novo olhar sobre a Antiguidade
Durante o século XIV e XV, alguns eruditos como Petrarca (1304-1374) e Marsile Ficin (1433-1499), começam a interessar-se pelos velhos textos escritos pelos seus antepassados gregos e romanos, dos quais raramente se ouvia falar. Descobriram então ideias e pensamentos que tinham sido postos de lado ao longo de cerca de mil anos e que lhes interessavam muito. Platão foi o pensador redescoberto que mais sucesso fez no Renascimento.
O Homem no centro do pensamento
Numa Europa em que os textos e as obras de arte estavam essencialmente centradas no estudo e glorificação de Deus, a redescoberta dos autores da Antiguidade vem mexer com tudo o que se acreditava: e se Deus não é o centro do universo? E se o estudo do Homem também fosse pertinente? E se o pensamento humano fosse mais importante que a palavra divina? Eis as questões dos eruditos do Renascimento.
Desenvolve-se então uma nova corrente de pensamento chamada Humanismo e que coloca o Homem no centro das suas preocupações.
A Academia neoplatónica, grupo de pensadores de entre os quais pertencem Jean Pic de la Mirandole e Laurent de Médicis, presta homenagem ao filósofo grego Platão.