Centenário da Grande Guerra 1914-1918
10 A última das últimas
A guerra vai finalmente terminar. Convencidos que tal atrocidade não pode voltar a acontecer, os franceses apelidaram esta guerra de “La der des ders”, a última para todo o sempre.
Fim da guerra
Em outubro de 1918,a frente balcânica colapsa. A Alemanha não consegue acalmar o descontentamento popular, a revolta ameaça o poder.
A 1 de novembro, um motim junto dos marinheiros alemães faz temer uma guerra civil. A 9 de novembro, o imperador Guilherme II abdica e foge para a Holanda. A 11 de novembro, os alemães assinam o armistício: às 11h o combate termina.
O tratado de Versalhes
Vinte sete nações participam na elaboração das condições de paz, mas são sobretudo os países vencedores (Estados-Unidos, França, Grande-Bretanha e Itália) que conduzem os debates. O presidente americano impõe um programa idealista. A França deseja punir os alemães, que são obrigados a assinar o tratado de Versalhes a 28 de junho de 1919. Neste tratado, a Alemanha reconhece a sua responsabilidade na guerra, perde as suas colónias, reduz o seu poder militar e aceita pagar uma indemnização. As suas fronteiras são redefinidas, assim como a de outros países saídos da divisão do império austro-húngaro e otomano.
Os Estados-Unidos, os grandes vencedores da guerra
Com o fim da guerra é hora de fazer o balanço dos prejuízos. Do ponto de vista humano, o balanço é trágico: cerca de 9 milhões de mortos, 20 milhões de feridos, dos quais 6 milhões de inválidos. As zonas da frente estão destruídas e precisam de ser reconstruídas. As fábricas estão destruídas, os campos estão devastados pelos obuses e algumas cidades foram arrasadas pelos bombardeamentos. Os países mais atingidos pela guerra precisam de dinheiro para se reerguerem, mas também para pagarem o empréstimo aos Estados-Unidos que lhes forneceram material de guerra.
A Europa que no plano económico era o continente mais poderoso, cede o seu lugar aos Estado-Unidos.