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Centenário da Grande Guerra 1914-1918

12 As vitimas deste terrível conflito

Após o fim da guerra, os países que nela participaram reconstroem-se, as famílias fazem o seu luto e os soldados sobreviventes guardarão para sempre os horrores vividos na guerra.

Um balanço terrível

Chegou a hora de se fazer o balanço. As zonas onde estavam situadas as frentes da guerra estão devastadas. Tudo está para reconstruir. Humanamente, o balanço é dramático: cerca de 10 milhões de mortos e 20 milhões de feridos, dos quais 6 milhões estão inválidos. As populações civis contam com cerca de 4 milhões de viúvas e 8 milhões de órfãos.

 

Rostos desfigurados

De entre os soldados que sobreviveram à guerra, muitos regressam da frente com feridas graves. Alguns têm pedaços de obuses no corpo, outros estão amputados e muitos têm o rosto desfigurado. Para ajudar estes soldados a terem uma vida aceitável, os cirurgiões desenvolvem máscaras e próteses faciais adaptadas, fazendo assim a cirurgia reconstrutora evoluir.

O choque psicológico

O regresso à vida normal é muito difícil para os homens que regressam da frente, mesmo não tendo sido feridos. Com efeito, a guerra foi um grande choque psicológico para todos os combatentes e que agora sentem dificuldade em lidar com as perdas e com os horrores vividos durante a guerra. Para melhor suportar o sofrimento e partilhar recordações dolorosas, os ex-combatentes reúnem-se em associações.

Monumentos para os mortos

Nos anos 1920, por todo o lado são construídos monumentos de homenagem aos soldados mortos em combate. Em França, o sacrifício dos soldados é simbolizado pela flor centáurea azul e na Inglaterra por uma papoila.

Quem é o soldado desconhecido?

Se já foste a Paris, aos Campos Elísios, por baixo do Arco do Triunfo, viste provavelmente o túmulo do soldado desconhecido. Após a guerra, alguns corpos de soldados mortos estavam de tal forma irreconhecíveis que não puderam ser identificados. É o caso do soldado desconhecido: não se sabe o seu nome, mas foi enterrado, por baixo do Arco do Triunfo, para representar todos os soldados mortos pela França entre 1914 e 1918. Todos os dias, às 18h30, desde 1923, que antigos combatentes vêm reavivar a chama que se encontra no seu túmulo.

 Em Londres, um soldado desconhecido está enterrado na Abadia de Westminster.

E hoje, o que é que resta da guerra?

Faz este ano cem anos que começou a guerra e o ultimo combatente, um soldado inglês, faleceu em 2011. Não há mais ninguém para contar esta história. Para que nos recordemos destes acontecimentos, a história recorda os fatos, tira-os do esquecimento para que todos possamos refletir e aprender com as situações do passado.