Imprimir Livro

A invenção do cinema

Em 1891, nos Estados Unidos, Thomas Edison, um industrial muito talentoso, inventa o Kinetografo, o antepassado da câmara e que permite fazer pequenos filmes. Do outro lado do atlântico, António Lumière sonha em criar uma máquina capaz de projetar filmes num ecrã grande… É graças a estes pioneiros que nasce a 7ª arte, o cinema

Site: Agrupamento de Escolas de São Gonçalo
Disciplina: Biblioteca da EB 2,3 de Freiria
Livro: A invenção do cinema
Impresso por: Visitante
Data: Sexta, 19 Abril 2024, 15:42

1 A invenção do cinema

Em 1891, nos Estados Unidos, Thomas Edison, um industrial muito talentoso, inventa o Kinetografo, o antepassado da câmara e que permite fazer pequenos filmes. Do outro lado do atlântico, António Lumière sonha em criar uma máquina capaz de projetar filmes num ecrã grande… É graças a estes pioneiros que nasce a 7ª arte, o cinema!

 Resultado de imagem para pelicula de cinema

Os irmão Lumière são apaixonados pela fotografia. Mas quando o patriarca da família abre a sua loja de fotografia, em Lyon, em 1871, o sucesso do negócio não foi fácil e esteve quase à beira da falência. Felizmente que o seu filho Louis era um pequeno génio: em 1881, com apenas 17 anos, inventou um tipo de placa fotográfica que permitiu tirar fotos quase instantaneamente. Já não era necessário fazer pose durante intermináveis minutos! Graças a esta invenção revolucionária, os Lumière fizeram fortuna e construíram, em Lyon, uma fábrica de produção de material fotográfico.

2 O conselho do pai Lumière

Em 1894, António Lumière viaja até Paris e descobre uma estranha caixa: o kinetoscópio.

Esta caixa permite ver os filmes feitos através do Kinetografo e projetados no seu interior. Mas só podia ter um espetador de cada vez! António Lumière pensou que seria bem mais interessante, poder projetar o filme num grande ecrã e visto por várias pessoas. De regresso a Lyon, aconselhou os seus dois filhos, Louis e Auguste a debruçarem-se sobre esta ideia. No ano seguinte, a 13 de fevereiro de 1895, os dois irmãos registam a patente do Cinematógrafo, uma máquina que eles aperfeiçoaram para gravar filmes e projetar numa parede.

3 A primeira sessão de cinema

Em Paris, a 28 de dezembro de 1895, o frio faz-se sentir e as pessoas caminham apressadamente no Boulevard des Capucines, não se apercebendo dos placards do Grand Café, a anunciar a primeira sessão de cinema público, que terá lugar naquele mesmo dia, às 21 horas. Ninguém sabe ao certo do que se trata. Alguns jornalistas, ainda que com algumas reticências quanto à exibição, foram até ao local. Ao todo, apenas trinta e três pessoas tentaram a experiência, numa antiga sala de bilhar transformada em cinema.

Chiu!!! A sessão vai começar…

4 Um grande sucesso

O Cinematografo apresenta dez filmes de apenas poucos segundos, mudos e a preto e branco. Tratam-se de cenas do quotidiano – uma saída dos trabalhadores de uma fábrica, o almoço de um bebé (o filho de Auguste Lumière)- e algumas comédias, entre as quais o celebre filme do jardineiro. Os espetadores estão estupefactos, nunca tinham visto semelhante coisa. Aquando da difusão do filme Banho no mar, os espetadores que apenas conheciam as ondas do mar através de fotografia, fez um grande furor. Uma semana mais tarde, a fila atinge cerca de 2000 pessoas que se aperta diante do Grand Café para assistir a este maravilhoso espetáculo. Rapidamente, passamos para as vinte sessões diárias.

5 Como funciona o Cinematógrafo dos irmãos Lumière

Para gravar um filme, o Cinematógrafo imprime uma sucessão de fotos numa pelicula em celuloide (uma matéria que reage à luz quando esta entra pela objetiva e permite fixar a imagem). Graças a uma manivela é possível visualizar as imagens do filme.

Para a difusão do filme, é acesa uma lâmpada por detrás da pelicula e gira-se a manivela para que as fotos sejam projetadas uma após as outras no grande ecrã.  Tal como no Kinetoscópio, as fotos desfilam suficientemente rápidas para que se tenha a ideia de movimento.

6 A guerra das patentes

Seis meses após a primeira sessão do Cinematógrafo, em Paris, os irmão Lumière organizam uma projeção em Montréal, no Canadá, e depois em Nova Iorque. Mas Thomas Edison, que reivindica para si a patente da invenção do cinema com o seu Kinetógrafo, inicia uma disputa em solo americano com os irmão Lumière, o que não os impede de continuarem a sua aventura: em poucos anos, financiam mais de 1400 filmes.

7 Do documentário à 7ª arte

Os primeiros filmes são documentários mostrando cenas de família ou imagens rodadas nos quatro cantos do mundo por empregados, sem nenhuma história em particular, sem movimentos de câmara ou comentários. São imagens divulgadas em salas ou em cinemas ambulantes, onde os espetadores descobrem paisagens e cidades que nunca tinham visto… e que eles apreciam muito. Tanto na América como em França, no ano de 1900, estes filmes não duravam mais do que um minuto.

É graças a George Méliés, um célebre prestidigitador francês, fascinado pela invenção dos irmão Lumière que o cinema irá tornar-se numa forma de arte. Méliés utiliza a sua câmara nos seus espetáculos de magia e cria os primeiros efeitos da história do cinema, em 1896:filma uma senhora sentada, para a câmara, a senhora começa a afastar-se. No ecrã, parece que a senhora desaparece! Méliés faz mais de 600 filmes de ficção, onde aperfeiçoa os seus “efeitos especiais”. O mais conhecido é “Viagem à lua”, o primeiro filme de ficção científica.

8 Aumenta o seu impacto

Inicialmente mudo e a preto e branco, o cinema evolui ao longo do século XX. Em 1908, o francês Émile Cohl realiza o primeiro desenho animado cinematográfico, que tem como título “Fantasmagoria”. Em 1927, o primeiro filme sonoro é visualizado, trata-se do Cantor de Jazz, de Alan Crosland. Os filmes coloridos começam a ser feitos em 1945.